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MAÇONS E MAÇONARIA

Ir.'. Armando Riguetto (1994)

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A Maçonaria, sempre decidida, enérgica e poderosa, age

sigilosamente e com precauções, evitando manifestações e ações

violentas.


Daí, aqueles Maçons recém-iniciados, e mesmo os antigos menos

conhecedores da Filosofia, dos feitos e da missão da Maçonaria,

exaltarem-se e julgarem impropriamente estar a Maçonaria, através

dos representantes maiores, alheia aos problemas e dificuldades

do homem.


Este juízo quase sempre ocorreu, mas já não tem razão de ser,

pela interiorização da Maçonaria e pela facilidade com que um

Irmão, de qualquer grau, pode falar com as autoridades e

esclarecer-se.


Numa de nossas visitas às Lojas, numa destas, de repente,

numa das Colunas, em hora apropriada, um Irmão, bom Irmão,

preocupado com a imagem da Maçonaria, lançou-nos a indagação:

Eminente Irmão, por que oito entre dez maçons estão insatisfeitos

(decepcionados) com a Maçonaria?


Para muitos foi uma pergunta irreverente.


Sem dúvida o foi, mas bem intencionada, refletindo suas reais

dúvidas, que são de inúmeros outros que se calam, desejando, no

íntimo, respostas que esclareçam, alertem e despertem.


A nossa resposta foi dada calmamente, através de outra

pergunta: Meu caro, será que a Maçonaria está satisfeita com dois

entre dez maçons?


Ela estará satisfeita com ele, com aquele outro, com você,

comigo?


A Maçonaria, em todos os tempos, tem se dedicado a iluminar

a humanidade, disseminando, por toda a parte, os postulados da Luz

e da Verdade.


Mas os homens de hoje têm seus ouvidos e olhos fechados ao

espiritual. Os maçons, em grande número, não têm saído do estado

de Aprendiz. Neles ainda prevalece a matéria sobre o espírito.


Nós vivemos no presente, caminhando e construindo para o

futuro, mas nada irá empanar as verdades eternas que nos vieram

do passado.


Aqueles que se contentam com o hoje, os imediatistas, aqueles

para os quais basta urna Maçonaria contemplativa, "de rótulo" ou

"de fachada", sem nenhum testemunho prático, sem nenhum estudo,

realização ou participação, levariam, se fossem sós, a Maçonaria

de nossos tempos a simples sinais, batidas de malhetes, "festinhas

e exibição de adereços (anéis, chaveiros, distintivos etc) e

crachás.


Ficaria o futuro desligado do passado por intenso hiato. Os

vindouros iriam classificar-nos de displicentes e até mesmo de

incompetentes.


A Maçonaria de hoje deve ser a mesma Maçonaria de ontem,

usando habilmente as conquistas do progresso e da tecnologia,

conservando imutáveis, como o são, os Landmarks, atingindo suas

metas.


Infelizmente, ela vê sua missão dificultada pelo alto grau

de "metalização" de seus componentes.


Os homens mudaram! Os maçons também. São homens diferentes.

A sua escolha se faz num "universo" bem adulterado. São poucos os

que trazem riso no rosto e preces nos lábios. O fio de barba já

foi documento. Dez avais, hoje, ainda geram insegurança.


É preciso escolher bem o futuro Maçom.


A exigência da prática do sigilo, o cumprimento da Lei

Iniciática do Silêncio, o ser estudioso, o cultivo do Esoterismo,

o exercício da disciplina, o respeito à Lei e à Hierarquia, são

as medidas capazes de fazer a Maçonaria contentar-se com oito

entre 10 maçons.


Mesmo que, como querem alguns, a Maçonaria deixe de ter ação

política, pelo menos terá que preparar os homens públicos para

nela se conduzirem com acerto, no bem coletivo, reparando as

arestas do Edifício Social, tornando-o Justo.


Avante Maçons! Construamos um mundo novo, real e de belezas.

Construamos uma Sociedade Justa e Equitativa.


As boas ações dispensam propaganda. Comecemos pela nossa

reforma. Preparemos homens para a Maçonaria e não Maçonaria para

os homens.

 
 
 

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2 comentários


Edison Molina
Edison Molina
03 de nov. de 2024

Excelente esclarecimento,que todos os Irmãos possam refletir sobre isso.

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valmir.rodrigues.rosa72
03 de nov. de 2024

Muito esclarecedor

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