MAÇONS E MAÇONARIA
- Clayton Machado
- 3 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Ir.'. Armando Riguetto (1994)

A Maçonaria, sempre decidida, enérgica e poderosa, age
sigilosamente e com precauções, evitando manifestações e ações
violentas.
Daí, aqueles Maçons recém-iniciados, e mesmo os antigos menos
conhecedores da Filosofia, dos feitos e da missão da Maçonaria,
exaltarem-se e julgarem impropriamente estar a Maçonaria, através
dos representantes maiores, alheia aos problemas e dificuldades
do homem.
Este juízo quase sempre ocorreu, mas já não tem razão de ser,
pela interiorização da Maçonaria e pela facilidade com que um
Irmão, de qualquer grau, pode falar com as autoridades e
esclarecer-se.
Numa de nossas visitas às Lojas, numa destas, de repente,
numa das Colunas, em hora apropriada, um Irmão, bom Irmão,
preocupado com a imagem da Maçonaria, lançou-nos a indagação:
Eminente Irmão, por que oito entre dez maçons estão insatisfeitos
(decepcionados) com a Maçonaria?
Para muitos foi uma pergunta irreverente.
Sem dúvida o foi, mas bem intencionada, refletindo suas reais
dúvidas, que são de inúmeros outros que se calam, desejando, no
íntimo, respostas que esclareçam, alertem e despertem.
A nossa resposta foi dada calmamente, através de outra
pergunta: Meu caro, será que a Maçonaria está satisfeita com dois
entre dez maçons?
Ela estará satisfeita com ele, com aquele outro, com você,
comigo?
A Maçonaria, em todos os tempos, tem se dedicado a iluminar
a humanidade, disseminando, por toda a parte, os postulados da Luz
e da Verdade.
Mas os homens de hoje têm seus ouvidos e olhos fechados ao
espiritual. Os maçons, em grande número, não têm saído do estado
de Aprendiz. Neles ainda prevalece a matéria sobre o espírito.
Nós vivemos no presente, caminhando e construindo para o
futuro, mas nada irá empanar as verdades eternas que nos vieram
do passado.
Aqueles que se contentam com o hoje, os imediatistas, aqueles
para os quais basta urna Maçonaria contemplativa, "de rótulo" ou
"de fachada", sem nenhum testemunho prático, sem nenhum estudo,
realização ou participação, levariam, se fossem sós, a Maçonaria
de nossos tempos a simples sinais, batidas de malhetes, "festinhas
e exibição de adereços (anéis, chaveiros, distintivos etc) e
crachás.
Ficaria o futuro desligado do passado por intenso hiato. Os
vindouros iriam classificar-nos de displicentes e até mesmo de
incompetentes.
A Maçonaria de hoje deve ser a mesma Maçonaria de ontem,
usando habilmente as conquistas do progresso e da tecnologia,
conservando imutáveis, como o são, os Landmarks, atingindo suas
metas.
Infelizmente, ela vê sua missão dificultada pelo alto grau
de "metalização" de seus componentes.
Os homens mudaram! Os maçons também. São homens diferentes.
A sua escolha se faz num "universo" bem adulterado. São poucos os
que trazem riso no rosto e preces nos lábios. O fio de barba já
foi documento. Dez avais, hoje, ainda geram insegurança.
É preciso escolher bem o futuro Maçom.
A exigência da prática do sigilo, o cumprimento da Lei
Iniciática do Silêncio, o ser estudioso, o cultivo do Esoterismo,
o exercício da disciplina, o respeito à Lei e à Hierarquia, são
as medidas capazes de fazer a Maçonaria contentar-se com oito
entre 10 maçons.
Mesmo que, como querem alguns, a Maçonaria deixe de ter ação
política, pelo menos terá que preparar os homens públicos para
nela se conduzirem com acerto, no bem coletivo, reparando as
arestas do Edifício Social, tornando-o Justo.
Avante Maçons! Construamos um mundo novo, real e de belezas.
Construamos uma Sociedade Justa e Equitativa.
As boas ações dispensam propaganda. Comecemos pela nossa
reforma. Preparemos homens para a Maçonaria e não Maçonaria para
os homens.





Excelente esclarecimento,que todos os Irmãos possam refletir sobre isso.
Muito esclarecedor