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EM BUSCA DE NÓS MESMOS

Ir.’. Bráulio Carlos Bezerra Filho

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Conhecedores que somos dos poderes ocultos do som e dos

acordes da lira, discípulos de Orfeu, filhos da grande Mãe Natureza

e do Sol fertilizador, aqui plasmamos a fraternidade.


Olhemos em torno e para dentro, com olhos de ver.


No tempo universal, num momento de profunda meditação,

estejamos alheios ao peso da pobreza e da fortuna, ao fluxo das

angústias e desejos, do que foi e o que será de nossas vidas,

porque este é um momento de arrebatamento. Nossa alma em devaneio,

partamos ao encontro de nós mesmos, cada um pelo seu caminho e a

seu modo, mas sentindo que encontrar-se a si é encontrar o outro.

E que o caminho mais curto e mais direto é o amor ao próximo.


Somente a união pode totalizar a grandeza.


Ser Iniciado é muito mais que divergir ou não divergir, estar

ou ter estado, poder ou não poder.


Principalmente, é querer fluir e doar-se, integralmente, em

prol da humanidade. É sentir que a obra é muito mais importante

que nossos pontos de vista pessoais.


Quando nos imaginamos depositários da razão, devemos

perquirir se não estamos sendo aquele sinuoso traço, no qual o

Supremo Arquiteto está escrevendo Sua verdade, que inadmite

coincidências e é eterna.


A realidade de nossas filosofias é, às vezes, diferente

daquela que percebemos. A evolução do conhecimento nos faz

compreender que, a cada momento que passa, somos seres mais

anônimos. A Grande Luz assim nos fez, impessoais, para que nos

totalizássemos no trabalho fecundo de colaborar na obra de Sua

criação. Fomos programados em frequência moduladora e as

resultantes vibrações dependem de nosso livre arbítrio, do modo

como o exerçamos.


Se somos iniciados, não temos o direito de esmorecer quando

nos deparamos ante atitude ou comportamento errôneos.


Não poderíamos desenvolver o bem se não tivéssemos o mal para

comparação - como não acertaríamos se não errássemos. Temos que

ver o anormal com espírito crítico, pois nosso conceito de

normalidade é o da maior frequência, sem que ainda possamos

realmente compreender se aquilo que é mais frequente é, por isso,

normal.


Somos Iniciados e nos reunimos aqui para estudos filosóficos.

Nossa condição primeira é não ter padrões éticos apriorísticos,

mas uma atitude mental aberta, solícita, dinamizada no afã de

atingir o ideal interior. Nossa única premissa é estarmos ávidos

de especular, cada qual a si, para assim eclodir num sentimento

maior de grandeza.


A ignorância confere aos homens naturalidade face à tragédia,

o conhecimento inquieta-os diante dela.


Ninguém veio aqui trazer soluções. Todos viemos buscá-las,

desenvolvendo nossos estudos, buscando o silêncio interior, o

bálsamo da meditação. O que carecemos não é de um rótulo, mas do

exemplo maior que mil palavras, de uma conduta de vida realmente

de Iniciados, secularmente partícipe, laboriosa, no sentido de nos

encontrarmos em nós buscando o próximo.


A transformação interior que devemos operar, o encontro de

nós mesmos, é acessível a todo homem de boa vontade. Depende

unicamente dos meios que cada ser inteligente traz, em si mesmo,

de se ultrapassar.


Conheço um homem humilde, carpinteiro, que nunca frequentou

escola, mas aprendeu sua profissão, a ler e a calcular. Fez-se um

poli artífice, hábil na construção de todos os materiais. Estudou

química - a ponto de ser, numa fase da vida, responsável pelas

manipulações de um laboratório farmacêutico industrial.


Além disso, é conhecedor profundo do comportamento humano.

Discorrendo sobre as mudanças que o homem sofre a cada sete anos,

a que dá o nome de periodismo biológico, ainda há pouco tempo me

falava da necessidade de se estudar a psicologia da vida antes do

nascimento. Pouco depois, uma revista científica de respeitável

porte trazia um estudo sobre a psicologia do embrião. E aquele

homem nunca tinha frequentado escola!...


Ao ser inteligente e de boa vontade são inerentes os meios

de se ultrapassar. Será que nos tornamos destros em nos inquirir

e analisar? Estaremos sendo úteis na obra da evolução interior que

o homem deve sofrer?


Só a utilidade ao próximo pode justificar a existência e

torná-la fecunda e feliz. Os problemas estão aí a nos desafiar.

 
 
 

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1 comentário


barbosaezaqueu
06 de nov. de 2024

Excelente dia venerável mestre e irmãos,e uma reflexão muito boa para se fazer, coisa que não praticamos no nosso dia, dia, mais temos que desenvolver muito como ser humano e saber o filho de Deus foi um carpinteiro, deixando assim muita sabedoria e aprendizado pra toda humildade, é assim que temos que ser e aprender a andar nós caminhos do senhor Jesus Cristo.

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