CADEIA DE UNIÃO
- Clayton Machado
- 24 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Ir.’. Roberto Aparecido Vintecinco, AM
(Publicada no ano 2000)

A Maçonaria tem conseguido reunir através do tempo
procedimentos retirados de todos os ramos do conhecimento humano
e de todos os matizes esotéricos e filosóficos. É como se a
Maçonaria fosse uma espécie de colcha de retalhos e que os retalhos
fossem as contribuições oriundas das outras instituições, como os
Mistérios de Ceres, como os Mistérios Egípcios, os Rosacrucianos,
dos Alquimistas, dos Essênios etc.
Um dos procedimentos que tem a nítida influência da Teoria
do Magnetismo animal de Mesmer, o Mesmerismo, que tem grande
utilidade na Maçonaria, é a Cadeia de União.
A Cadeia de União é um recurso de alto valor esotérico e
espiritual e pouco, lamentavelmente, os Maçons sabem a respeito
dela; e a prova disso é o fato de fazerem-na tão pouco.
A Cadeia de União é um poderosíssimo instrumento místico e
que deve ser estudado e exercitado com constância para que
possamos, no aperfeiçoamento da sua prática, colher os seus
imensuráveis efeitos benéficos.
É também conhecida como Cadeia Magnética e desenvolvê-la é
fazer nascer uma corrente de idéias, ou melhor, uma Força de
Pensamento, que submeta vontades.
Para realização de uma Cadeia de União são necessários, além
do exercício constante, algumas condições especiais que facilitam
o seu desenvolvimento, que são:
1 – Um ambiente propício: Um Templo consagrado, devidamente
incensado, com a iluminação adequada (damos preferência a uma
penumbra) e devidamente harmonizado com uma Coluna de Harmonia bem
selecionada e no volume ideal.
2 – Os Irmãos predispostos: Os Irmãos que irão participar do
exercício devem estar paramentados e revestidos com as suas
insígnias. As suas indumentárias serão, obviamente, a roupa preta
e as suas mentes devem estar abertas e predispostas.
3 – A Força Pensamento certa: Durante a Cadeia de União os
Irmãos vão unir os esforços das suas mentes para emitirem um
desejo, que chamamos “Força Pensamento” com uma determinada
finalidade. Para tanto, este objetivo deve ser previamente
anunciado, ser aceito e ardentemente desejado pôr todos que irão
participar.
A Cadeia de União deve ser efetuada ao redor do Livro da Lei,
após o fechamento do Livro da Lei e antes do juramento de sigilo.
Os contatos entre os Irmãos devem ser firmes e contínuos, evitando-
se que em qualquer ponto da Cadeia de União haja interrupção da
Corrente Magnética.
O conjunto das mãos entrelaçadas forma na prática uma figura
da Corda de 81 Nós e os pés, na posição adequada, formam uma
verdadeira Orla Denteada. Desta forma, os Irmãos, durante o
exercício da Cadeia de União, criam estes dois Símbolos
importantes do Templo, cujo significado diz respeito diretamente
aos objetivos da mesma.
A Cadeia de União permite, através das mãos enlaçadas, que
os Irmãos funcionem como baterias ligadas em série e que as mais
fracas, ou menos carregadas, são fortalecidas pelas mais
vigorosas. O conjunto todo amplia suas forças para aplicação no
ideal em questão.
Diz, ainda, que a Cadeia de União é um Círculo transferidor
de energias vitais, e amplificador dessas energias.
A transmissão da Palavra Semestral é apenas uma das utilidades
da Cadeia de União, dentro de várias possibilidades que a prática
da Cadeia de União oferece aos Maçons.
Quando a Cadeia de União tem por objetivo a transmissão da
Palavra Semestral, somente dela participam os Irmãos do Quadro de
Obreiros da Loja. Se por outro lado ela é destinada à transmissão
de Força Pensamento, pode dela participar qualquer Irmão de
qualquer Loja ou Grau, melhor ainda será a participação desses
Irmãos se eles tiverem conhecimento e poder de concentração.
Na segunda hipótese, pode o Venerável Mestre substituir a
Palavra Semestral por uma expressão ou palavra que expresse a
Força Pensamento proposta e que tenha por si mesma um alto
conteúdo.
O exercício constante da Cadeia de União fortalece a Loja,
harmoniza e une os seus Obreiros.
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Bibliografia:
-Ritual Do Simbolismo Aprendiz Maçom
-Entre O Esquadro E O Compasso – Walter Pacheco Júnior – Editora
Maçônica A Trolha.





Muito bonito reunião